Um dos últimos moradores do velho solar, Antônio Fernandes Ribeiro do Carmo, foi o único que teve coragem de dormir na Fazenda, a fim de constatar o fenômeno.
Fumando tranquilamente, em dado momento, ouviu um grito de alarme. Corajosamente entrou pela casa adentro, no escuro, intimando os que o perturbaram para o devido acerto de contas:
- Venha e diga logo o que deseja, alma de Deus! ...
- Posso sair?
- Sim - respondeu Ribeiro do Carmo. À sua frente, à luz baça do azeite, caiu um braço humano.
Continuou Ribeiro do Carmo:
- Sim, pode cair, mas não à prestação. Venha tudo de uma só vez. Em cada lugar do quarto caiu uma parte de corpo humano, caindo finalmente a cabeça, que lhe falou tranquilamente:
- Procure suavizar a pena dos que padecem no outro mundo, porque se negaram a socorrer os necessitados embora acumulando riqueza. Ajuntaram muito ouro que não puderam carregar.
Nesta fazenda está oculto um grande tesouro, que a ganância dos condenados escondeu.
Em seguida ruflou suas asas luminosas em busca do além.
No outro dia Ribeiro do Carmo espalhou a notícia assanhando a cobiça de populares. Arrombaram o portão dos fundos e alojaram-se na fazenda.
Um gemido forte apontou o lugar exato em que se encontrava centenas de barras de ouro.
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Mitos e Lendas
mds do ceu berg
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